esta semana Bill Richardson, governador do Novo México, anunciou sua candidatura à presidência dos EUA em um programa de radio latino em Los Angeles, com as seguintes palavras: anuncio ahora mi candidatura a la presidencia de los estados unidos.
O anúncio em espanhol (Bill Richardson é filho de mãe mexicana e fluente na língua materna) foi tema de artigos de jornal e programas de radio por aqui. Mas o fato é que ao fazê-lo, Richardson chamou atenção para o crescente poder latino nos EUA, tanto em termos de consumo quanto, neste caso, em termos de votos. Nas eleições de 2004 os latinos perfizeram menos de 9% dos eleitores, mas sendo o grupo étnico-lingusitico que mais cresce por aqui, devem chegar aos 12-15% em 2008 e perto dos 20% em 2012. Bill Richardson sabe que suas chances para 2008 são pequenas perto de Barack Obama e Hillary Clinton, e que o voto latino na casa dos 12% não é suficiente uma candidatura forte. Mas em 2012 a historia pode ser muito diferente, o número de eleitores somado à importância que o assunto “hispanic migation” tomará nos próximos anos pode lhe ser muito favorável.
Mas voltando ao assunto Brasil. O que diriam Aldo Rebelo (que quer proibir o uso de palavras estrangeiras) ou o público brasileiro em geral se um candidato gaúcho fizesse um anúncio desses em alemão ou um candidato paulistano fizesse o mesmo em japonês?
Diversidade é bom só nos olhos dos outros?
Thursday, May 24, 2007
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2 comments:
nunca pensei muito sobre isso, não, mas acho que se uma pessoa se propõe a morar em um país, deve acatar as leis e a língua desse país. Né não?!!?
pior que isso Max, nao dominar a lingua significa nao ter acesso a muita coisa: trabalho, escola, reclamar seus direitos. Mas para milhoes nascidos em comunidades de estrangeiros (fechados ou excluidos?) aprender a lingua pode nao ser uma opcao, ou ainda, nao falar ingles se torna uma marca de identidade. Mas nao seria legal um mundo onde todas as linguas fossem igualmente importantes?
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