Monday, December 31, 2007

centenários, centenários




mal acabamos de soprar as velinhas do centésimo aniversário de Oscar Niemeyer e chega a hora de comemorar o c
entésimo aniversário do clube mais amado do mundo, o glorioso Clube Atlético Mineiro, fundado em 25 de março de 1908.

para quem assistiu a São Silvestre hoje e não entendeu nada quando os quenianos Robert Cheruiyot e Alice Timbilili comemoraram com a bandeira do Galo, este blog explica: trata-se da primeira comomoração do centenário e uma alfinetada naquele outro time de BH que mudou de nome tantas vezes e por isso tem metade da idade, metade da tradição e não provoca
nem a metade da paixão.

feliz 2008,
saudações atleticanas

Friday, December 28, 2007

para fechar o ano

como todo mundo está escrevendo meio que fazendo uma retrospectiva de 2007, eu aproveito para contar que ganhei o dia agora a noite com um post de alguem que eu nunca conheci elogiando meu projeto 365 special days.

365 foi uma das grandes alegrias deste ano, começando com 365regulardays que acabou se desdobrando em 365specialdays.

o post ao qual me refiro é este,

pra fechar o ano pra cima.

Wednesday, December 26, 2007

brasília está para o sec. 20 como as pirâmides estão para o sec. -20


Nicolai Ouroussoff fez hoje no NYTimes sua homenagem crítica a nosso arquiteto maior, agora centenário.

eu achei o artigo ótimo e não só pela frase que usei como título deste post,

a crítica aos edifícios recentes me pareceu também bem pertinente, mas Ourossoff não sabe ou não quis escrever sobre o desmonte da equipe de Niemeyer quando do seu auto-exílio nos anos 70 e o fato de que netos e bisnetos são agora os responsáveis pelo desenho (ou falta dele).

vale conferir aqui

Tuesday, December 25, 2007

águas vão rolar



Metropolis Magazine tem todo ano um concurso para jovens designers, o Next Generation Design Competition, com ênfase na relação entre estética e sustentabilidade.
esse ano o tema que muito me gusta é a água.

Studio Toró não vai participar por absoluta falta de tempo, mas vou ficar de olho nos resultados porque promete ter muita coisa boa.

Saturday, December 22, 2007

prefeito furacão



a história se repetindo é sempre interessante, as vezes trágica, as vezes ridícula. Na Coréia do Sul o ex-prefeito de Seoul e ex-executivo da Hyundai, Lee Myung-Bak, foi eleito presidente na semana passada com uma votação expressiva e uma enxurrada de dúvidas sobre seu comportamento ético.

mas o que me chamou a atenção foi seu apelido: bulldozer ou "demolidor". Lee Myung-Bak foi prefeito de Seoul no final dos anos 90 e ficou famoso pelo projeto Cheonggyecheon. Um rio urbano que havia sido canalizado nos anos 70 (tinha inclusive um viaduto tipo minhocão por cima) e foi reaberto, teve suas águas tratadas e agora é um parque linear no meio da frenética Seoul.

eu confesso que adoro a idéia: abrir todos os rios urbanos e transformá-los todos em parques lineares cortando as cidades, com águas limpas. Todos ganham: a população ganha um parque com o barulhinho da água; a natureza ganha um pequeno oásis no meio da cidade para pássaros e insetos; a infiltração de água no solo melhora o micro-clima e evita enchentes nas areas baixas; e o prefeito – bem o prefeito vira presidente da república.

como em todo o mundo, nem tudo são flores: Lee Myung-Bak é acusado de ser próximo demais dos empreiteiros (era CEO da Hyundai Construtora), e a água em Cheonggyecheon é bombeada do rio Han porque tratar o esgoto dos edifícios tornaria o projeto inviável financeiramente.

mas seguindo a estrada aberta por JK nosso prefeito furacão, Lee Myung-Bak se tornou presidente usando como plataforma a fama de construtor (ou demolidor no seu caso), uma receita que continua rendendo frutos e semeando polêmicas: deixe sua marca no espaço. Não fosse a situação crítica da segurança pública na Colômbia e eu apostaria em Enrique Peñalosa como o próximo da fila.

Tuesday, December 18, 2007

sobre a Coréia




um dia pra ir, duas horas pra voltar e quatro dias de trabalhos intensos foi o meu resumo da viagem a Coréia para ser jurado do concurso em Daejeon. Cinco jurados e dois consultores, nós estávamos todos no mesmo andar do mesmo hotel, tomavámos café juntos, íamos juntos para o prédio da Korean Land Corporation, promotora com concurso, almoçávamos juntos, mais trabalho juntos, jantávamos juntos. Um dos membros do juri chamava a nossa rotina de sequestro: day one of the hostage crisis, day two of the hostage crisis.....

mas por isso mesmo resolvi escrever sobre meus colegas de juri nesses 4 intensos dias:
Jaepil Choi foi nosso anfitrião, o organizador do concurso. Unkjoong Kim era o consultor, arquiteto responsável pelo projeto junto a prefeitura da Daejeon, incumbido de continuar o trabalho junto com o vencedor do concurso. Peter Drooge nasceu na Alemanha logo depois da segunda guerra e depois de estudar e dar aulas no MIT, se mudou para a Australia onde vive. Seung H-Sang formou-se na Coréia em 1975 e foi logo trabalhar na embaixada coreana nos EUA, seu primeiro projeto. H-Sang tem um escritório movimentadíssimo e visitamos um de seus prédios recém inaugurado que merece um post em breve.

aqui a coisa começa a ficar interessante. Shiling Zheng nasceu na China em 1942, quando o país ainda estava sob invasão japonesa e o Kuomintang ainda disputava o poder interno com os Comunistas liderados por Mao. Aos 7 anos de idade ele veria Mao Zedong unificar o país (menos Taiwan) sob o regime comunista e o resto quase todo mundo sabe. Quando alguem perguntou como ele havia sido impactado pela revolução cultural, Prof. Zheng disse que na época (final dos anos 50) ele já sabia desenhar e pintar bem então ao invés de ser mandado para a fronteira agrícola foi mandado para a escola de arquitetura onde trabalhava pintando retratos de Mao. Prof. Zheng foi vice-reitor da Universidade de Tongji e é presidente honorário do Instituto de Arquitetura de Shanghai.

e de todos quem mais me impressionou foi Sungjung Chough. Nascido em 1940, também sob ocupação japonesa, numa cidade que hoje fica na Coréia do norte, Chough viu o país ser dividido em 1945 com o final da segunda guerra e a derrota do Japão. Como toda sua família estava no lado sul, sob ocupação norte-americana, a Chough percorreu 80 km em 9 dias, a maior parte do trajeto a pé, para tentar se juntar aos familiares em Seoul. Nos anos 50, conta ele, seu pai várias vezes lamentou a mudança porque os vizinhos do norte pareciam mais ricos e mais satisfeitos e no sul a devastação da guerra da coréia (1950-53) tornava a vida muito difícil. Quando a situação melhorou Chough foi estudar em Berkeley (movimento hoje imitado por milhares de jovens coreanos todos os anos) e ficou pelos EUA por cerca de 15 anos. De volta a Coréia montou um escritório com um amigo dos tempos de faculdade e entre vários projetos fantásticos um se destaca: o estádio de Jeju que ilustra este post, construído para a Copa do Mundo de 2002.

como dá pra perceber eu era o junior desta turma e aprendi muito com eles nesses 4 dias de intensas discussões que nos levaram a um bom e justo resultado, na minha opinião.

e das conversas com Sungjung Chough ficou a saudade do casamento entre futebol e arquitetura que quase consegui fazer quando projetei um centro de treinamento para o Reinaldo de Lima, ele mesmo, o Rei do Mineirão entre 1976 e 1985, infelizmento construído apenas parcialmente.

mas quem sabe a CBF não resolve fazer a coisa certa abre concursos para todos as reformas e os novos estádios. Não custa sonhar e acreditar em dias melhores como ensinariam meus colegas chineses e coreanos.

Saturday, December 15, 2007

niemeyer centenário

este blog homenageia hoje Oscar Niemeyer com um exercício de abstração:

tentem imaginar o Rio de Janeiro sem o sambódromo, Belo Horizonte sem os edifícios da Pampulha, São Paulo sem o Copam ou sem o Ibirapuera,

agora tentem imaginar a idéia mesmo de Brasil sem o prédio do Congresso Nacional.

pois é, a estória de cada um de nós é contaminada pela obra deste pequeno grande homem que hoje comemora seu centésimo aniversário.

Monday, December 10, 2007

lições de capitalismo a la yankees


muito já foi escrito sobre o fato de que a economia norte-americana foi feita de inúmeros calotes e falências, e que o respeito aos contratos só vale quando interessa aos grandes.


pois o modelo econômico de Alan Greenspan (diretor do Fed entre 1987 e 2006, nomeado por Reagan mas mantido por Clinton) e sua ênfase no endividamento fácil que por sinal sustenta o consumo parece ter criado mais um desses momentos com a chamada crise dos financiamentos imobiliários sub-prime.

resumindo a ópera em dois parágrafos temos mais ou menos o seguinte: entre 99 e 2000 quando a bolha dot.com começou a estourar, Greenspan já de olho na eleição de Bush facilitou a injeção de bilhões no mercado imobiliário como forma de evitar uma recessão mais dolorosa. A migração de recursos para a carteira de imóveis provocou um aumento de preços sem precedente. Entre 2000 e 2004 qualquer casinha nos EUA estava valorizando ao ritmo de 10% ao ano no mínimo, em algumas cidades como São Francisco, Chicago, New York e partes da Florida muito mais que isso. Com as casas valorizando nesse ritmo e a oferta de crédito facilitada um número gigantesco de norte-americanos refinanciou seus imóveis, vendendo para os bancos a valorização (equity) de suas casas em troca de cash para continuar consumindo. O aumento de preços (não acompanhado pelo aumento de salários, muito pelo contrário) começou a apertar a classe média que precisava de casa para morar mas não podia pagar meio milhão por um apartamentinho a 50km de distância de Manhattan ou qualquer outra cidade hipervalirizada. É ai que entra o tal subprime. Trata-se de um financiamento de alto risco onde o mutuário pagaria uma taxa baixa nos três primeiros anos (explicitamente chamada de teaser ou isca) e depois teria os juros aumentados acima da flutuação normal da taxa básica para compensar. Em vários ARM (adjustable rate mortgages) o mutuário não paga nada do principal nos primeiros anos, só os juros, como forma de baratear a prestação mensal.

o pesadelo começa quando as casas deixam de se valorizar ou mesmo desvalorizam como vem acontecendo nos últimos 24 meses. O mutuário que não está pagando o principal deve exatamente o mesmo valor que devia 2 anos atrás, sua casa vale menos (queimando a entrada paga ou indo diretamente para o vermelho) e a taxa de juro está programada para subir acima do normal dentro de alguns meses.
o resultado: 18% desses mutuários tipo ARM já atrasou pelo menos uma prestação em 2007. Caso não consigam pagar a casa volta para o banco e vai ao leilão. O fato de algumas casas na vizinhança estarem indo a leilão derruba ainda mais o preço de todas as outras e temos um efeito dominó que, especula-se, pode colocar o mundo numa recessão de 2008.

isso porque o consumo desenfreado norte-americano sustenta a expansão da manufatura chinesa tanto quanto o agro-business brasileiro e o mercado de commodities em geral.

a saída proposta semana passada pelo governo Bush foi uma espécie de acordo de cavalheiros com os bancos de forma a frear o aumento das taxas dos financiamentos ARM e assim dar uma sobrevida ao sistema todo.

eu não tenho nehuma ilusão quanto à famosa mão invisível do mercado e acredito que ela só entra em ação para proteger os interesses dos grandes contra milhões de pequenos. Mas ao mexer nos contratos desta maneira o goveno Bush está recompensando mutuários que compraram casas maiores ou mais caras do que podiam pagar e banqueiros que emprestaram de forma predatória para quem não teria mesmo como pagar. Os milhões de outros que tomaram a decisão certa de comprar o que lhes cabia estão pagando pela imprudência de uns e pela ganância de outros.

continuar insistindo no endividamento como forma de manter a economia girando não me parece tambem nem um pouco sustentável mas vale lembrar que a economia norte-americana foi formada por calotes históricos e quebradeiras homéricas,

as nuvens vão se acumulando no horizonte, resta saber se a tempestade cai aqui ou depois da serra.

Sunday, December 9, 2007

the darjeeling limited




sete anos atrás num dia desses de dezembro eu e Lê aterizávamos em New Delhi para o que seria uma viagem absolutamente inesquecíve

talvez o fato de estar escrevendo de dentro de um avião sobre o mar de okhotsk (confesso que não nunca vi esse nome antes) tenha efeito sobre todas as memórias visuais, olfativas e palatáveis daqueles 40 dias na India que me invadem nesse instante.

mas o fato é que a mesma telinha que me diz que acabamos de deixar para trás o mar de okhotsk e voamos agora entre khabarovks e sapporo (epa, esse nome eu já vi antes, ou melhor, já bebi antes) foi quem me trouxe todas essas lembranças com o filme Darjeeling Limited.

está tudo lá, o fascínio e o estranhamento causado pela India. Logo na primeira cena Bill Murray serpenteia num taxi entre rickshaws e vacas, para depois.... bem, deixa voces verem o filme para saberem o que vem depois.

o fato é que o filme é excelente, Angelica Houston está ótima e os três irmãos interpretados por Owen Wilson, Adrien Brody e Jason Schartzman dão um show enquanto a India vai se descortinando na sua frente e as lembranças de dezembro de 2000 e janeiro de 2001 vão se ativando no meu cérebro: cores, cheiros e gostos.

eu ainda não tive oportunidade de visitar a África mas de todos os outros lugares onde já andei, a India é o único que se compara com o Brasil em termos de intensidade.

pode parecer meio contraditório mas enquanto o avião começa a descer rumo a Seoul na Coréia (onde vou participar do juri de um concurso de arquitetura) tudo que vem na minha mente tem a ver com Varanasi, Udaipur, Kerala, Jaiupur, Agra e Dehli.

o problema é que graças ao filme eu vou sentir a maior falta da comida indiana durante os 4 dias em Seoul. A Coréia é fascinante, estou super feliz de poder voltar a Seoul e poder contribuir para a escolha de um desenho urbano de qualidade para o centro de Daejon

amanhã ou depois escrevo mais sobre a Coréia e sobre a experiência de ser jurado em concurso internacional. Mas que deu saudade da India vendo o Darjeeling Limited, isso deu...

Thursday, December 6, 2007

carta aberta ao sr washington olivetto


prezado sr. Olivetto,

na semana passada uma frase atribuída ao Sr foi veiculada em todos os grandes jornais do Brasil. Nela, o Sr dizia que se o Corinthians caísse, o campeonato brasileiro é que seria rebaixado.

por mais respeito que eu tenha por alguém que já criou tantos slogans e imagens marcantes na publicidade brasileira, desta vez o Sr está redondamente errado e chega a ser enganosa essa propaganda. O campeonato brasileiro de 2008 não vai sentir a falta do Corinthians, como não sentiu a falta do Palmeiras, do Botafogo, do Grêmio e nem do meu Glorioso Atlético Mineiro.

todos sentimos na carne a dor do rebaixamento. Sentimos também um outro medo, muito maior: o medo de nunca mais voltar. Esse medo indizível que só desaparece quando o time está efetivamente classificado para voltar a elite.


na verdade, como uma ducha e água fria reativa a circulação, o rebaixamento pode reativar o Corinthians como reativou o Palmeiras, o Botafogo, o Grêmio e o Galo. Não sou especialista nos três primeiros mas posso dizer com convicção que o rebaixamento reaproximou o Galo de sua fantástica torcida da qual eu tenho orgulho de pertencer. E acho que nunca me senti mais atleticano do que durante a série B de 2006. Nas palavras de um amigo também alvinegro, “se soubéssemos que a série B era tão boa devíamos ter caído muito antes”.

espero sinceramente que o Corinthians aprenda algumas lições na serie B, jogando em Fortaleza, Natal, Maceió, Criciúma, Belém e outros estádios onde a paixão não é menos intensa que no Pacaembu e nem a torcida é menos fiel.

mas é compreensível que na véspera da tragédia o Sr tenha perdido a cabeça e cego de paixão tenha sugerido que o campeonato se rebaixa. Não Sr Olivetto, o Corinthians caiu sozinho, por seus próprios erros, e o campeonato segue sua vida normal. E junto com o Corinthians cai um pouco também o São Paulo e o Palmeiras que vão fazer um jogo a menos fora de casa. Esta pequena vantagem de fazer um jogo a mais perto da sua torcida (SP terá 5 times ano que vem, teria 6 se o Corinthians não tivesse sido rebaixado) é significativa.

aliás, há de se notar que o Corinthians de 1977 e da democracia ha muito tempo deu lugar a um Corinthians de parcerias escusas e títulos muito mal explicados como o brasileiro de 2005. Mas os deuses da bola são implacáveis como um centroavante raivoso e lá estava o Inter no caminho de vocês de novo bem no último de derradeiro jogo de 2007.

por isso tudo Sr Olivetto, o Corinthians se rebaixa sozinho e o campeonato brasileiro permanece, aliás, melhor do que nunca.

Tuesday, December 4, 2007

arte brasileira no MoMA


sexta-feira após as 4 da tarde é gratuita a entrada no MoMA (20.00 por cabeça nos outros dias) então lá fomos nós enfrentar o dia mais cheio do museu, é claro.

enquanto as mulheres da minha vida foram direto ao quarto andar ver seus amados Matisses e Mondriands, e fui ver os desenhos de arquitetura no terceiro andar.

e logo ao lado da galeria de arquitetura e design havia uma exposição: New Perspectives in Latin American Art, 1930–2006: Selections from a Decade of Acquisitions. Fui dar uma olhada despretenciosa e não é que as tais novas aquisições expostas sao 90% brasileiras:

Waltercio Caldas, Vic Muniz, Leonilson, Lygia Pape, Helio Oiticica, Lygia Clark, Rivane Neuchwander, Ana Maria Maiolino e cia....

de encher os olhos,

o livro da criação de Lygia Pape por exemplo (foto) eu nunca tinha visto, e fiquei deslumbrado

dica para aqueles que vem passar o natal ou reveillon em New York, a exposição fica até 25 de fevereiro.

Saturday, December 1, 2007

eles se merecem

preocupante a situação da Venezuela e seus possíveis desdobramentos para a América Latina inteira.

de um lado um coronel eleito por um discurso distributivo de esquerda que a cada dia se mostra mais bufão e mais inclinado a se tornar um ditador no sentido completo do termo (me parece já ser uma ditadura no sentido mais profundo).

de outro lado o ex-comandante do exército, companheiro de Chavez há 35 anos, publica hoje um artigo no New York Times explicando porque discorda do presidente e porque votaria NÃO no plebiscito de amanhã. Em primeiro lugar no texto, antes de qualquer outra razão, Raul Isaias Baduel se apoia nos bispos para dizer que o socialismo é anti-cristão.

assim não dá!!

um estraga todo um projeto de esquerda, distribuição de renda e inclusão social por não conseguir manobrar o sistema democrático; enquanto o outro invoca os bispos para dizer porque é contra a reeleição ilimitada e a excessiva concentração de poderes no executivo.

um azeda os ideais de esquerda de todo um continente,
o outro azeda os ideais democráticos….

pobre América Latina que ainda “precisará de ridículos tiranos” enquanto não abandonar bispos e cavaleiros como peças de um passado que há muito tempo deveria estar limitado ao jogo de xadrez.