Friday, October 10, 2008




no inicio desta semana uma colega aqui em Michigan comentou que escrever um livro era parecido com ter um filho. Por delicadeza eu concordei na hora mas pensando melhor, publicar um livro não é nada parecido com o nascimento das minhas filhas. Fora a deselegância (quase uma ofensa a meu ver) de comparar um ser humano com um objeto, só quem tem filhos entende que o amor que se sente por um pequeno ser com metade dos seus gens é infinitamente maior e absolutamente incomparável.


mas mesmo que fosse uma questão de escala, não conheço ninguem, por mais egocêntrico que seja, que consiga estar apaixonado por um livro de sua autoria quando da sua publicação. Deixa eu ver se consigo explicar melhor: o processo de escrita, revisão, submissão à editora, revisão baseada nos comentários do editor, re-submissão, revisão baseada nos comentários dos pareceristas externos, re-submissão, aprovação final pelo conselho editorial, formatação das ilustrações, obtenção de direitos autorais para as ilustrações, revisão gramatical, re-submissão final e correção das provas é tão exaustivo que no final tudo que a gente sente é um alívio enorme de ter conseguido sobreviver ao processo.


é mais ou menos assim que eu me sinto com a publicação do meu primeiro livro em inglês este mês.


o texto que explica do que se trata o livro está disponível desde ontem no Vitruvius e preferi não repetí-lo aqui.


o livro já está a venda nas grandes redes norte-americanas como a Amazon e com um bom desconto na Barnes & Noble.


ou se alguem preferir me pagar no Brasil por favor mande um e-mail para
fernandoluizlara@gmail.com que eu posso comprar aqui e enviar pelo correio.

mas como eu sou muito cabeça dura ontem mesmo enviei para uma editora a proposta do próximo livro. Assim que for aceita eu conto aqui no parede do que se trata.

15 comments:

Anonymous said...

Olá, Fernando, parabéns pela publicação, certamente a terei em mãos em breve!

O tema é interessantíssimo - e me lembro de seru ma das aulas de maior sucesso "popular" do professor Hugo Segawa, então professor em São Carlos.

A miopia de Gropius em relação ao que era o modernismo em seu potencial estético tem uma correlação muito evidente com nosso debate sobre sustentabilidade.

A pré-fabricação era a "sustentabilidade" da época, a padronização dos elementos tornou-se um norte moral, econômico, e limitador estético autorizado da arquitetura.

O tempo passou, a padronização e a pré-fabricação voltaram para seu lugar de direito na arquitetura: o que pode ser incorporado foi, naturalmente, mas de forma geral é uma possibilidade, e não um norte.

Com a sustentabilidade, passado o frisson marquieteiro, acontecerá a mesma coisa. Suporte, mas não norte.

Como Gropius também não viu, o todo da arquitetura é bem maior que suas partes.

Max Amaral. said...

rapá!
parabéns!
mas vou comprar na Barnes & Noble, não.
Quero o meu autografado!

Então, veja por aí quantos que custa (adoro essa expressão mineiríssima) o livro e a remessa?!

Abração, e parabéns de novo.

Anonymous said...

larga do pé da sustentabilidade, alberto! se você acha que não deve, não faça. você tá ficando obsessivo.

Anonymous said...

E isso é problema seu porque mesmo?

Anonymous said...

de fato não é. que bom pra mim!!!

luciano l. basso said...

Parabéns Fernando!!! Mas como o Max eu também quero o meu autografado, colegas de blog merecem, né? rsrs...

Me manda um email com as informações de como eu faço para comprar o livro com direito a autografo e rabisco?

Posso divulgar no meu blog?

abraço e mais uma vez parabéns!
luciano

Edson Mahfuz said...

oi fernando,

que agradável surpresa! parabéns. assim que o dólar parar de subir vou encomendar o meu pela amazon.

grande abraço.

Edson Mahfuz said...

fui olhar na amazon e o preço do livro é 69,95 dólares!!!! porque tão caro por um livro de 160 páginas? isso não é comum nos EUA. haverá uma edição mais barata?

Anonymous said...

cara, adorei o tema! porque eu vi tantas dessas casas "populares" modernas, quer dizer, arquitetura modernista adaptada e anônima espalhadas pelas pequenas vilas de veraneio ao longo da Praia Grande e adjacências aqui em São Paulo, e elas me impressionaram tanto durante minha infância e adolescência que eu mal posso crer que alguém tenha se debruçado sobre este tema. Até o momento achei que era só eu que tinha reparado… agora sei que fomos pelo menos dois. É claro que elas estão espalhadas por (quase) todo território nacional, penso eu, [só na capital aqui tem de montão…] mas essas na praia eram incríveis.
Vou adquirir um exemplar as soon as I can. (expensive não? também queria saber se vai sair um mais baratinho…)
Depois tem conto…
Boa sorte.

Fernando L Lara said...

Mahfuz e Marcia,

eu tambem estou chateado com o preco do livro porque queria mais era que todo mundo pudesse ler Na Barnes & Noble eles estao com 20% de desconto mas mesmo assim acho que a Florida Press exagerou.

Marcia, desde 1999 eu tenho encontrado casinhas dessas por todo lado e tambem outros arquitetos interessados: Juliana Nery tem um trabalho sobre Aracaju e Angelo Arruda ja escreveu sobre Campo Grande. Lembro de um trabalho sobre Londrina tambem que vi numa conferencia do Docomomo mas cujo nome do autor me escapa agora.

Anonymous said...

oi fernando lara,

acho que esse seu livro pode [deve e com certeza vai] dar uma discussão boa… são vários os pontos suscitados por esse tema, como vc. mesmo apontou no paper "A insustentável leveza[…]". – aliás sempre que eu leio 'insustentável' leveza, lembro da mãe de um amigo, iugoslava nativa, que dizia que a tradução seria a 'insuportável' leveza.
Valeram as indicações dos outros interessados! Tudo isso me animou a fazer uma coisa que eu sempre quis e adiei, que é voltar àquele litoral e saber o que sobrou daquele fenômeno tão marcante quanto efêmero, que eu, sem saber, assisti já consolidado e acabado porque as novas construções que iam
sendo erguidas nada mais tinham a ver com ele.
Alí o repertório foi considerável: associações "amigos" das vilas, casas noturnas, restaurantes, habitações… e por falar em leveza, o que veio depois era totalmente desprovido do lirismo, e da 'leveza' dessas construções. Que eram assim inclusive, pela localização e luminosidade natural
da região – litorânea – e pelo uso – férias.
Bom, já tomei muito do seu espaço com a minha memória. Agora vou adquirir o livro. Espero que a gente volte a conversar a respeito.

beijo

Fernando L Lara said...

Marcia,

é um prazer enorme compartilhar estas idéias com você. Pode usar e abusar deste espaço.

Fernando.

Fernando L Lara said...

e voce tem razao quanto ao titulo do Kundera, a traducao em ingles "unbearable" tambem eh mais proxima de insuportavel do que o portugues insustentavel.

Anonymous said...

thank you! pelo seu convite…

e mais : se vc. não se importa, talvez eu vá debater algumas [outras] idéias também… além das do livro. adoro debater e seu site estimula, pelos posts e pelos comentários.
prometo não abusar.

então pode apostar que a gente se vê por aqui.

Anonymous said...

correção : seu 'blog' estimula