foram 3 dias muito intensos em BH. Pampulha, favela, seminário na prefeitura, sarau arquitetônico com os horizontes, mercado central, família e um pouco de chuva, claro.
a parceria com a PBH me deixa cada vez mais animado pela forma aberta e interessada com que várias secretarias e autarquias encaram essa troca de experiências.
o encontro com os horizontes (resenhado pelo Marcão) também foi na mesma linha, um intercâmbio de idéias arquitetônicas amplificado por uma amizade que já vai completar uma década.
e como eu já esperava o ponto alto foi a manhã passada na favela do Acaba-Mundo, uma imersão em uma realidade totalmente estranha aos alunos de Michigan e também a grande maioria dos arquitetos brasileiros. E teve de tudo, o carinho das crianças do projeto Querubim, polícia de arma na mão, um rapaz cortando mato e barranco para começar a construir sua casa (Leo Guerra jura que eu contratei ele para estar lá naquele exato momento). Agradeço ao pessoal da Urbel cujo suporte torna muito mais rica essa interação.
nessa visita foram registradas algumas idéias interessantes: os alunos estrangeiros perceberam o esforço do governo brasileiro em amenizar as desigualdades numa escala absolutamente impensável nos EUA (almoçaram depois no restaurante popular a R$ 1.00). E foram também surpreendidos pela quantidade de perguntas que os moradores do Acaba-Mundo tinham sobre Obama. E acabaram tendo uma conversa ótima comparando os programas tipo bolsa-escola e bolsa-família com food-stamps. Claro que os moradores do Acaba-Mundo ficaram também surpresos com os números sobre a pobreza nos EUA que os meus alunos conhecem mas que estão absolutamente ausentes de qualquer debate aqui no norte.
e no final fica reforçada minha idéia de que o Brasil e os EUA são muito mais parecidos do que gostam de se imaginar.
Sunday, March 8, 2009
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1 comment:
Fernando,
que experiência incrível, acho ótimo que coisas assim aconteçam e o parabenizo pela iniciativa. É tão bom para a garotada (e pra nós também, por que não?) poder fazer essa análise, descobrir os pontos comuns, avaliar as diferenças sem a hierarquia do "é melhor" ou "é pior". Imagino que tenha sido tremendamente enriquecedor para todos os envolvidos.
um abraço
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