Wednesday, January 21, 2009

viva a matemática





até pouco tempo atrás o discurso dominava a cena da arquitetura de vanguarda, era tudo idéia, narrativa, conceito. Em algum momento entre o final dos anos 90 e os primeiros anos do novo século a coisa mudou.

Stan Allen, diretor da escola de Princeton (Meca da teorização até então) esteve aqui uns anos atrás e proclamou que esse tal discurso crítico estava morto, a novíssima arquitetura agora lidava diretamente com a prática (o que ele chamou de critical practice em oposição ao momento anterior denominado critical discourse).

ferramentas digitais de projetação e fabricação são o bicho. Mesmo que as casinhas “pré-fabricadas” de Bill Massie custem 7.500 dólares por metro quadrado e existam sejam por enquanto únicas, é isso que atrai hoje os melhores alunos.

de volta à prancheta (sim ainda temos prancheta mas nem sinal de réguas paralelas ou esquadros) estão números, scripts, geometrias, padrões. Volumes intricados repetidos ad nauseum, parametric modeling, superfícies distorcidas moldadas em concreto com forma de isopor cortado a laser.

ainda não sei direito onde vai dar esta estrada mas celebro a volta da materialidade, da matemática e da lógica nos processos de investigação espacial.

como na poesia de Arnaldo Antunes, as coisas tem peso, massa, cor, textura,

falta encontrar a paz.

1 comment:

Max Amaral. said...

o interessante é que tudo muda o tempo todo, não é mesmo?!
Eu acho fascinante...