Saturday, December 1, 2007

eles se merecem

preocupante a situação da Venezuela e seus possíveis desdobramentos para a América Latina inteira.

de um lado um coronel eleito por um discurso distributivo de esquerda que a cada dia se mostra mais bufão e mais inclinado a se tornar um ditador no sentido completo do termo (me parece já ser uma ditadura no sentido mais profundo).

de outro lado o ex-comandante do exército, companheiro de Chavez há 35 anos, publica hoje um artigo no New York Times explicando porque discorda do presidente e porque votaria NÃO no plebiscito de amanhã. Em primeiro lugar no texto, antes de qualquer outra razão, Raul Isaias Baduel se apoia nos bispos para dizer que o socialismo é anti-cristão.

assim não dá!!

um estraga todo um projeto de esquerda, distribuição de renda e inclusão social por não conseguir manobrar o sistema democrático; enquanto o outro invoca os bispos para dizer porque é contra a reeleição ilimitada e a excessiva concentração de poderes no executivo.

um azeda os ideais de esquerda de todo um continente,
o outro azeda os ideais democráticos….

pobre América Latina que ainda “precisará de ridículos tiranos” enquanto não abandonar bispos e cavaleiros como peças de um passado que há muito tempo deveria estar limitado ao jogo de xadrez.

1 comment:

Anonymous said...

Após algum tempo sem acessar tive de voltar um pouco para me atualizar e, então, começo os comentários por ordem cronológica...

Parabéns a todos da Universidade de Michigan pelo resultado e pelos bons trabalhos.

O livro de Amorim é mesmo muito interessante... Aqui em João Pessoa tivemos a oportunidade de assistir ao lançamento do livro, que anda repercutindo muito bem. Muito interessante no momento da apresentação foram as referências do próprio Luiz ao livro de Saramago, Intermitências da Morte, outra obra maravilhosa. Por fim, aproveito para também parabenizá-lo pela resenha publicada no Vitruvius.

Sobre os caminhos da nossa América Latina, outro dia o PCdoB publicou, em sua campinha partidária, uma entrevista com Niemeyer onde ele voltava a falar de um socialismo de muitas vertentes e ideologias (e líderes) onde Chavez era elogiado e elevado a condição de "bom exemplo"... O velho arquiteto e suas contradições!

Aproveito para desejar um ótimo final de ano!

Abraços,
Carol