Monday, November 16, 2009

raquel rolnik

na mesma semana em que alunos brutamontes de uma universidade desastrada trouxeram a tona o direito das mulheres de fazer da vida delas o que bem entender, a colega juliana m. puxou minha orelha, e com razão.


depois de escrever 3 posts sobre a invisibilidade das mulheres arquitetas eu organizei uma exposição de arquitetura mineira na coréia e lá constavam apenas 2 moças entre 14 rapazes.


o problema é sério. O trabalho das mulheres tende a ser invisível e é preciso esforço para mudar esse quadro. No meu caso, deliberadamente tentei encontrar obras projetadas por mulheres em Minas e discutí várias vezes, comigo mesmo e com colegas, se cromossomos XX ou XY era critério válido para a seleção.


acho que dá pra concordar que da mesma forma que é absurdo excluir por causa do gênero também não se justifica escolher alguém pelo mesmo motivo apenas. Mas como nas boas políticas de inclusão, é importante estar atento para a questão, no nosso caso buscar dar visibilidade a mulheres arquitetas e seus trabalhos excepcionais.


então aqui vai minha contribuição nesse sentido. Não ví nada da grande mídia brasileira (o que comprova minha tese da invisibilidade) mas nas últimas semanas a Profa. Raquel Rolnik, da FAUUSP, esteve viajando pelos EUA como observadora da ONU, com a missão de entender o problema habitacional deste que é o país mais rico do planeta. As conclusões (bem como a hostilidade de parte da imprensa Americana) são estarrecedoras.


vale seguir aqui, aqui e aqui o fantastico trabalho da Profa. Rolnik que merece toda visibilidade possível.




in the same week when hooligans in a second-rate university in São Paulo brought to the forefront the old issue of women’s right to do whatever they want with their bodies my blog colleague Juliana M blasted me, and for a reason.


after writing 3 posts on the invisibility of women architects I organized an exhibition of Brazilian architecture in Korea with only 2 young women and 14 men consisted. The issue is serious to me and if the work of women tend to be invisible we need to make an extra effort to change this picture. In this case I deliberately tried to find exemplary designs by women architects of Minas Gerais and discussed with others if chromosomes XX or XY were valid criterion for the selection. I think we can agree that in the same way that is nonsense to exclude somebody because of gender it is also not the best idea to choose someone for gender reasons only.


but as in the best affirmative action polocies it is important to be aware of the issue, in our case to make visibility the fantastic work of many women architects.


so here is my contribution in this direction: the big Brazilian media did not report but in the last 3 weeks Prof. Raquel Rolnik from the University of São Paulo School of Architecture was travelling around the U.S.A. as observer to the UN, to report on the striking housing troubles of the richest society in our planet.


the conclusions (as well as the hostility of part of the American press) are scary.


one can check here, here and here the fantastic work of the Prof. Rolnik that deserves as much visibility as possible.

5 comments:

Marcelo Palhares Santiago said...

Fernado e colegas, aproveitamos o espaço para divulgar o novo blog da horizontes: http://horizontesarquitetura.wordpress.com/

Anonymous said...

Você, que é arquiteto, certamente gostará desse texto:

http://guiatpm.wordpress.com/2009/11/12/colocar-sanca-nos-comodos-da-casa/

Anonymous said...

...CLUBE PATÉTICO MINEIRO!!!!
GALO POBRE SOFREDOOOOOÔ.....

Fernando L Lara said...

ao anônimo acima vale lembrar que os comentários nesse blog são normalmente mais inteligentes e absolutamente mais elegantes do que isso.

juliana said...

belo trabalho!