no inicio dos anos 90 quando eu estava na escola, quer dizer, quando eu era aluno porque de certa forma nunca saí da escola, tínhamos uma metáfora instigante e irônica para se referir aos edifícios pós-modernos da década de 80. Chamávamos de BOLO e a idéia era que os prédios de Graves, Stern e Moore eram formados por simples “camadas” de programas ricamente decorados por fora.
de certa maneira me assusta o fascínio atual pela fabricação digital de superfícies ricamente elaboradas que passam a resolver vários dos dilemas arquitetônicos: industrialização versus individualização, envelope versus performance, transparência versus privacidade e por aí vai.
esta semana numa das bancas de graduação aqui em Michigan o assunto voltou com força porque vários dos projetos usavam e abusavam da cortadora laser e do CNC router para criar tais superfícies rendilhadas enquanto por dentro o edifício nada mais era do que camadas de programas ligados por escadas e elevadores.
e pra completar, um dos intrépidos alunos fez a volumetria do seu projeto na forma de um bolo cuja foto não me deixa mentir.
o resultado foi que a metáfora do bolo roubou a cena.
ps: hoje, segunda-feira, teremos a final review do favela studio com a presença de Edesio Fernandes e Raul Smith entre outros. Mais detalhes na próxima segunda-feira.
at the beginning 1990s when I was in the school, I mean, when I was a student because the truth is I never left school, we had a instigating and ironic metaphor to refer to the 1980s post-modernism. We called them CAKE and the idea was that the buildings of Graves, Stern and Moore were the result of just “layering” program while richly decorating the exteriors
in a certain way it scares me to perceive a similar approach in the current fascination with digital fabrication: richly elaborated surfaces that promise to resolve several architectural paradoxes: industrialization versus individualization, envelope versus performance, transparency versus privacy and so on and so forth.
this week, in one of the undergraduate reviews here in Michigan, the issue resurfaced because many of the projects abused the laser cutter and the CNC router to create intricate screens while inside the building there was nothing more than layers of programs connected by stairs and elevators.
to my surprise one of the students built a CAKE-model of his project (see photo)and the result was that the cake metaphor took over the conversation.