Monday, March 31, 2008

dois brasis

ontem, na dita conferência do MIT sobre concreto, foram duas as apresentações sobre o Brasil, e não poderiam ser mais contrastantes.

pela manhã, apresentei minha análise da elegante e coerente obra de Paulo Mendes da Rocha, ressaltando sua contribuição individual em paralelo com uma evolução coletiva da arquitetura brasileira em geral e paulista em particular.

duas horas depois, apresentava o Sr. Robert Boulard, executivo de uma empresa canadense chamada BPDL ou Beton Pre-fabriques du Lac. E o que faz a BPDL? Fabrica peças pre-moldadas de concreto decorativo que imitam pedras, motivos florais e capitéis gregos, usados extensivamente em obras de restauro e conservação mas também nas edificações neo-neoclássicas pelo mundo a fora. E por incrível que pareça o maior cliente da BPDL nos últimos anos tem sido o mercado imobiliário de São Paulo. Tanto que a BPDL inaugurou a pouco tempo uma fábrica alí e o Sr Boulard, com a melhor das intenções, se referiu várias vezes à minha apresentação para confirmar que o operário brasileiro, apesar de ter pouca instrução formal, domina um enorme conhecimento empírico sobre concreto, agregados, formas, aditivos, ferragem e etc...

de certa maneira, a triste impressão que fica é a de que nossos talentosos arquitetos dos anos 40, 50 e 60 desenvolveram todo este conhecimento técnico-construtivo sobre o uso do concreto para ser agora usado nestes pastiches neo-clássicos que, como nossa premiada proposta no concurso da ponte da Daslu já denunciava, provavelmente significa uma saudade recalcada dos tempos da escravidão.

eu sei que existem vários brasis e que a diversidade é uma das nossas maiores riquezas, mas esse brasil nouveau-rich cliente do Sr. Boulard é duro de aguentar.

quando contrastado com o Brasil de planta livre e peito-aberto desenhado por Artigas e Mendes da Rocha é ainda pior, deixa o gosto amargo de saber que nossos ideais já foram muito melhores.

Saturday, March 29, 2008

mit

cá estou eu no MIT, templo da tecnologia norte-americana, convidado para falar sobre nosso Pritzker II, Paulo Mendes da Rocha, em uma conferência cujo tema principal é o concreto armado, conservação, patologias e usos contemporâneos (mais info aqui)

já no primeiro dia fiquei com inveja dos meus amigos Rahul Mehotra e Nondita Correa que dão aula aqui. O MIT talvez seja a escola norte-americana mais próxima da nossa realidade brasileira, uma escola mais pragmática e menos conceitual, mais pé-no-chão sem deixar de ser visionária.

mas o que deixa a gente de queixo caído é a densidade e a qualidade da arquitetura aqui. Só no campus do MIT temos obras de Sert, Aalto, Saarinen (2), Bunshaft, Correa, Gehry, I.M.Pei (2), Holl. Isso sem falar que a poucos quarteirões de distância Harvard tem Corbusier, Safdie, Gropius.

não é atoa que tanto Harvard com sua ênfase intelectual quanto MIT com seu foco na construção e na materialidade estão sempre entre as melhores escolas de arquitetura por aqui.

Cambridge, Massachussets é deve ser a cidade de maior “densidade” arquitetônica dos EUA, e é também a única cidade onde qualquer pessoa identifica o meu sotaque como sendo brasileiro, são 150 mil patrícios por aqui. Oxalá cada um deles leve um pouco desse valor arquitetônico de volta para Governador Valadares ou Nova Iguaçu.

Wednesday, March 26, 2008

tabelinha na blogosfera

das coisas que mais me dá prazer nesse blog é ver meus posts incitarem conversas, trocas e debates.

por isso fiquei muito feliz quando a reporter Andressa Fernandes me entrevistou para uma reportagem da AU sobre o projeto de Koolhas em Dubai (ver aqui) que comentei a duas semanas nesse blog (ver aqui).

gosto de ver a AU sair na frente e trabalhar intensamente com outras mídias como blogs e web-foruns porque isso só facilita o debate arquitetônico e a livre disseminação das idéias.

e viva a blogosfera!

Tuesday, March 25, 2008

o craque opera em outra geometria



há exatos 100 anos, em 25 de março de 1908, era fundado o clube atlético mineiro. Quando eu era menino e o time tinha apenas 70 anos, vivíamos ambos a nossa melhor fase. Naquele tempo eu ainda tinha esperanças de um dia aprender a jogar bola como a seleção brasileira do mundialito no Uruguai em 81 em que metade do time era nosso: João Leite, Luisinho, Cerezo, Paulo Isidoro, Éder e o melhor de todos: Reinaldo.

nenhum dos componentes deste sonho duraria muito. Com 12, 13 anos eu já era reserva do reserva na escola, o time de Telê perdeu a copa, e Reinaldo já tinha se submetido a diversas cirurgias, vítima dos perna-de-pau profissionais que o caçavam em campo.

mas o post de hoje, em homenagem ao maior de todos os times de futebol e seu ídolo máximo, conta a estória de como este arquiteto-quando-jovem conheceu seu ídolo de infância. Corria o ano de 1993 e eu ia me formar no meio do ano, apesar de já ter escritório a algum tempo (vai entender!). Talvez por isso uma colega da escola me convidou para fazer com ela um projeto de um clube para um amigo dela que era deputado estadual. Marcamos de ir ver uns terrenos no final de semana e quase caí pra trás quando o amigo deputado era ele mesmo: Reinaldo de Lima, o mito.

as reuniões de projeto eram quase sempre no seis-e-meia, um bar na rua Grão Mogol, e às vezes na assembléia legislativa, cercados de assistentes picaretas e puxa-sacos de todo tipo. O programa era simples: um campo de futebol, vestiários, alojamento para crianças carentes (e bons de bola) que morariam lá e um salão multi-uso para eventos, 10.000 m2 de área no mínimo.

falar de futebol com Reinaldo era sempre um prazer mas falar de projeto e obra era mais difícil. Uma vez, e eu já contei essa estória dezenas de vezes, Reinaldo insistiu em nos mostrar um terreno ótimo, quase plano, de 12.000 m2 que era, pasmem, triangular! Não entrava na cabeça dele de jeito nenhum que não cabe um campo de 100x60 em um terreno triangular de 12.000 m2, e eu tive de desenhar um campo num papel e o terreno em outro, recortar e sobrepor pra mostrar que não cabia.
Reinaldo acabou comprando um terreno retangular, começou a obra, perdeu a reeleição, se envolveu em confusão (meus leitores mineiros sabem, não vale repetir) parou a obra, eu vim fazer doutorado e agora quando passo diante do Belo Horizonte Futebol e Cultura (BHFC) na BR 040 reconheço alguns traços do meu projeto, uma jenelinhas redondas aqui, um predinho abobadado alí.

mas depois de quase 15 anos entendí, ao pensar neste post, o porquê do terreno triangular que Reinaldo tanto queria. O craque estava certo e o arquiteto, tão jovem e cheio de sí, estava errado.

é que sendo o mais talentoso centroavante de todos os tempos, tanto fazia pra ele se o campo tinha 60, 40 ou mesmo apenas 20 metros de largura. Ele passaria entre os dois zagueiros de qualquer jeito, e encobriria o goleiro, como fez tantas vezes para delírio de milhões de atleticanos.

parabéns Galo centenário, parabens torcida maravilhosa!

Thursday, March 20, 2008

texas rangers

serei sempre grato à arquitetura em geral e à carreira de professor universitário em particular por me levar a conhecer tantas partes diferentes do mundo.

digo isso porque escrevo estas linhas de dentro do avião, sobrevoando o Texas, voltando pra casa depois de uma curta mas intensa visita a escola de arquitetura de Austin onde fui apresentar meu trabalho.

a University of Texas at Austin é famosa pelo melhor centro de estudos latino-americanos nos EUA, e a escola de arquitetura pelos Texas Rangers, um grupo de professores que lá se juntaram nos anos 50 e revolucionaram o ensino de arquitetura da época.
junte-se a isto a tradição de estudos latino-americanos da UT e o resultado é uma receptividade inigualável da arquitetura Brasileira. Antes do final do semestre ainda estarão por lá Marcelo Ferraz e Milton Braga.

eu nunca soube disso quando estava estudando mas o processo tardo-moderno, baseado em visualização, caminhos e experiências que marcou o meu curso de graduação foi basicamente desenvolvido por eles. Depois da diáspora da Bauhaus, o método compositivo da escola alemã tomou conta dos EUA, começando por Gropius em Harvard e depois Mies no IIT, dominando a cena por décadas até que uma outra diáspora ocorresse entre 59 e 63 que foi a dispersão dos Rangers que tinham se juntado em Austin. Colin Rowe iria liderar Cornell, John Hedjuk iria revolucionar Copper Union, Bernard Hoesli e Robert Slutzke também foram extremanente influentes nos anos 60. Junto com eles se propagou a importância do contexto e dos precedentes históricos (algo que nunca foi valorizado pela Bauhaus) e pode-se dizer que nem a complexidade de Venturi nem a visualidade de Eisenman (este último aluno de Colin Rowe) existiriam sem os Texas Rangers.

e agora, com a hispanidade e a latiniidade em alta, acho que vamos ainda ouvir falar muito da arquitetura advinda da University of Texas at Austin.

Saturday, March 15, 2008

o mundo em perspectiva

essa historinha me foi contada ontem por Tom Buresh, meu chefe de departamento aqui em Michigan, e achei que valia a pena colocar no blog assim num sábado sem compromisso.

Tom trabalhava para Frank Gehry em 1989 quando nasceu seu primeiro filho. Depois de 3 dias quando voltou ao escritório, Gehry queria falar com ele. Na sala do chefe, dois charutos, muitos parabéns pelo nascimento e uma conversa bem existencial.

olha Tom, diante do nascimento de uma crianca, você não acha que tudo isso aqui no escritório perde o sentido, tudo fica menos importante, tudo parece uma grande bobagem?

e no que Tom, emocionado, concordou, Gehry já emendou direto: mas vai terminar aquela apresentação porque se o cliente não pagar nem o seu filho nem os meus terão muito futuro.

Wednesday, March 12, 2008

big brother de verdade


antes que vocês saiam correndo deste blog, o post de hoje não é sobre Pedro Bial e seus patetas mas sobre Eliot Spitzer, governador (até esta manhã pelo menos) do estado de New York.

anteontem veio a público uma investigação federal (FBI) que citava Spitzer como “cliente número 9”, acusado de contratar repetidas prostitutas repetidas vezes na capital federal, Washington. A acusação é uma sentença de morte num pais onde o puritanismo ainda é um valor social, mesmo sendo na minha opinião um verniz apenas.

mas o interessante é que a investigação não começou por causa de Spitzer (nenhum motorista ou ex-mulher o denunciou) nem por causa da rede de prostituição como seria de se esperar. O inquérito foi aberto por causa de um software do sistema bancário, o verdadeiro BIG BROTHER a que o titulo deste post se refere.

funciona mais ou menos assim: todas, repito, TODAS as transações bancárias nacionais ou internacionais que envolvem algum banco norte-americano são processadas por um software que analisa a probabilidade destas transações serem fraudulentas, lavagem de dinheiro, evasão de impostos, financiamento de terrorismo e por ai vai a lista. O sistema tem suas prioridades como transferências acima de um certo valor ou mesmo múltiplas remessas de valores pequenos para a mesma conta. Alem disto, o software é constantemente updated com informações sobre contas suspeitas (automaticamente selecionadas no que chamaríamos de malha fina) e PEPs (politcal exposed persons) ou seja, todos os congressistas, prefeitos, governadores e ministros são automaticamente capturados por esta tal malha fina.

daí não é difícil entender o que pegou Spitzer: uma série de cheques pessoais do governador (PEP por excelência) estava indo parar numa conta suspeita (a rede de “escort service”). Esta combinação gerou um alerta no pessoal do IRS (a receita federal daqui) que pediu ajuda ao FBI por se tratar de um governador..... e o resto é história.

agora o que esta história tem de mais dramática é o fato de que foi Eliot Spitzer quando attorney general de NY quem pressionou os bancos a adotarem este sistema, e foi com a fama de caçador de fraudes e evasões que Spitzer se elegeu governador.

nisso o big brother do sistema financeiro americano se parece com o entediante programa da Globo que ninguém suporta mais: a natureza humana, vista de perto, é mesmo absolutamente irracional e imprevisível. Por que diabos um governador com fama de moralizador e enormes ambições políticas resolve correr este tipo de risco?

ou no nosso caso, sendo o sistema bancário brasileiro mais informatizado do que o norte-americano, porque não se implanta um sistema desses de uma vez por todas? Follow the money continua sendo a melhor forma de combater o crime.

ganha meu voto quem conseguir implantar algo parecido que consiga preservar a privacidade (ou seja, que não possa ser manipulado por interesses atravessados) e consiga acabar com a evasão de impostos, a lavagem de dinheiro e o financiamento de todo tipo de crime. Com a vantagem, sabida de que o puritanismo não cola abaixo do trópico de câncer.

Saturday, March 8, 2008

por uma cidadania global


espero estar vivo quando o século XXI chegar a sua metade só para ouvir meu neto ou neta adolescente perguntar se é mesmo verdade que no início do século pessoas eram impedidas de entrar neste ou naquele país, ficando as vezes presas durante várias horas em salas obscuras nos subsolos dos aeroportos.


espero poder mostrar meus velhos passaportes verdinhos cheios de vistos, e explicar que era assim mesmo, que para poder viajar, estudar ou trabalhar, tínhamos de enfrentar filas no consulado e gastar uma grana substancial para solicitar um visto que podia ser negado sem nenhuma explicação, e que mesmo depois de todo esse trabalho alguns ainda eram barrados no aeroporto porque tinham “cara” de imigrante.

pode parecer excesso de otimismo ou romantismo mas não vejo outra alternativa já que o sistema atual está completamente caduco e não acompanha a velocidade das transações ou mesmo do transporte de cargas que movimenta o mundo.

aliás, fica aqui minha critica à direita e à esquerda. À direita por defender sempre o livre trânsito do capital que implica também o livre trânsito da elite globalizada sem entender que neste modelo o livre trânsito do trabalho terá de acontecer, mais cedo ou mais tarde. À esquerda, tradicional defensora dos direitos humanos, que por estar obcecadamente amarrada à moldura do estado-nação, não tem nenhuma resposta viável ao desafio contemporâneo da migração, sejam latinos nos eua, argelinos na frança e agora descobrimos, brasileiros na espanha.

por isso espero que este sistema de passaporte, visto e carimbo esteja com os dias (ou eu diria décadas) contados. Das duas alternativas possíveis: restringir tudo ou liberar tudo, fico com a segunda. Que todos os 6 bilhões de habitantes deste planeta tenham a chance de exercerem suas habilidades, no lugar que mais lhes convier ou que lhes ofereça o melhor retorno. Se isso implica que todas as enfermeiras serão filipinas, todos os designers finlandeses, todos os motoristas de táxi paquistaneses e todos os dentistas brasileiros, que assim seja.

por mais inviável que pareça no momento, espero sinceramente que lá pros idos de 2050 ninguém, mas ninguém mesmo seja penalizado na vida porque nasceu neste ou naquele lado de uma fronteira.

Wednesday, March 5, 2008

otimismo ou cinismo do inevitável?



há mais ou menos 10 anos um grupo de ex-alunos da Architectural Association (AA) chegou ao topo das paradas de sucessos da arquitetura com propostas arrojadas que pareciam quebrar a hegemonia da elaboração formal de Eisenman e cia, o grupo hegemônico na primeira metade dos 90.

tudo bem que Zaha Hadid e Daniel Libeskind sempre foram bastante formalistas (e continuam sendo), mas Bernard Tschumi e Rem Koolhas eram respeitados pela elegância intelectual de suas propostas, pelo arrojo de suas composições, e por uma crítica mais ponderada ao modernismo, sem a radicalidade dos pós-modernos mas com ainda uma pontinha de promessa de transformação do mundo para melhor.

agora salvo Tschumi que depois de deixar a direção de Columbia anda meio sumido, esta pontinha de utopia já não cabe nos projetos de ninguém desta geração. Libeskind continua desnhando suas formas pontudas só que agora em gigantescos complexos residenciais na Coréia; Zaha empresta o nome para condomínios de luxo em ilhas privadas no caribe e Rem, aquele que fazia livros criticando o consumo de massa e se debruçava sobre a urbanização em Lagos, Nigéria; agora desenha lojas Prada e acaba de lançar sua versão de cidade para o século XXI (foto)

uma ilha artifical em Dubai, 18 km quadrados de formas arrojadas misturadas com formas banais, bem no estilo Koolhaas, mas aqui separadas da realidade por 3 pontes. Do lado de dentro o capital globalizado e os profissionais bem pagos que o fazem funcionar. Do lado de fora migrantes vietnamitas, filipinos e indianos que fazem Dubai, um emirado sem muito petróleo, funcionar.

o NYT diz que o projeto de Koohass diz respeito a um “otimismo do inevitável”. Não cola, se algo de inevitável existe neste tipo de projeto é o cinismo.

para terminar, já que nesse caso Koolhaas não apresentou nenhum diagrama como justificativa teórica, aqui vai minha sugestão, com a vantagem de servir também para alphavilles, disneylandias ou outros urbanismos neo-medievais.

Monday, March 3, 2008

soprando velinhas

esse blog completa hoje 1 ano de existência com um enorme agradecimento aos mais de 3000 visitantes individuais, oriundos de 401 cidades em 56 países que nos visitaram 11.715 vezes.

as conversas, e mesmo as visitas silenciosas, são o que me motivam a continuar escrevendo,

um beijo e obrigado,

f.

Saturday, March 1, 2008

descarga pluvial zero




faz quase um ano que comecei esse blog com a idéia de um dia escrever sobre o trabalho de Jim Wasley em Milwaukee que conheci em outubro de 2006.

a história é mais ou menos a seguinte: Jim é professor da escola de arquitetura de Milwaukee e foi chamado um dia para uma reunião sobre a a melhor maneira de a univesidade ampliar a capacidade da rede pluvial que liga o campus ao lago Michigan, um investimento de milhões de dólares. O problema era que com o crescimento do campus (quase tudo pavimentado), a universidade estava usando sozinha toda a capacidade do sistema pluvial, causando pequenas enchentes no trajeto de 2km por uma área residencial que fica entre o campus e o lago.

a pergunta genial de Jim Wasley foi a seguinte: porque investir todo este dinheiro numa rede pluvial nova se podemos zerar a descarga de água de chuva do campus. Para surpresa dos engenheiros e administradores, o plano de Jim era extremamente simples e relativamente barato.

a universidade já tem no seu orçamento dinheiro reservado para recapear os estacionamentos e refazer as calçadas e canteiros a cada 5 -7 anos. Se este dinheiro fosse revertido para a introdução de pavimentos permeáveis a um custo entre 10 a 20% acima do orçamento previsto, em 5 anos a descarga pluvial do campus seria ZERO e consequentemente seria zero a necessidade de ampliar a rede pluvial.

ao inverter a lógica da relação entre demanda e infra-estrutura, Jim Wasley fez do campus da UW Milwaukee o primeiro com descarga pluvial zero, economizou milhões de dólares e salvou os vizinhos de uma obra demorada e incômoda.

revertendo um estacionamento por vez e redesenhando canteiro por canteiro.