tag:blogger.com,1999:blog-2605364711283992579.post4065788180588662673..comments2023-10-12T04:51:58.442-04:00Comments on parede de meia: america cimenteira? cement america ?Fernando L Larahttp://www.blogger.com/profile/15134375126173977859noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-2605364711283992579.post-14948861139959723022010-02-25T18:47:58.671-05:002010-02-25T18:47:58.671-05:00Fernando,
achei o termo ótimo.
No ponto que o G...Fernando, <br />achei o termo ótimo. <br /><br />No ponto que o Gabriel mencionou, a classe mérdia-alta ainda é capaz de imitar o que se camufla.<br /><br />É tal de porcelanato que imita o cimentado ou concreto, é tinta que imita cimentado, é pintura que imita cimentado, concreto aparente. Ou seja, muitas vezes o falso e complicado custa mais caro que o verdadeiro e simples. <br /><br />Adiciona-se matéria à construção quando se busca crueza e simplicidade material.<br />A estética do cinza do cimento tão presente na favela virou moda nas coberturas e mansões. <br /><br />Infelizmente somos vistos como estilistas e não como construtores, graças a uma maioria que de fato age como estilista.felipe botelhohttps://www.blogger.com/profile/16289203708185523485noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2605364711283992579.post-85470291541729499792010-02-24T15:53:11.047-05:002010-02-24T15:53:11.047-05:00Lidiane, bem vinda as nossas conversas. Eu imagino...Lidiane, bem vinda as nossas conversas. Eu imagino que de Joinville pro sul o uso da madeira seja tao vernaculo quanto o tijolo, só que cada vez mais em extinção, correto?<br /><br />Gabriel,<br /><br />o fato de ser pre-industrializado e de se utilizar de mão de obra barata não ameaça a extensa disseminação da tecnica que a transforma no vernaculo contemporaneo. Vejamos os numeros: 150 milhoes de habitantes urbanos, 45 milhoes de domicilios urbanos. Destes uns 5 milhoes foram projetados por arquiteto ou engenheiro (jogando pra cima, 12%). Restam 40 milhoes de domicilios construidos pelos proprios operarios da construcao civil com tijolo e concreto das mais variadas qualidades. E insisto: é popular sim, todo mundo sabe como fazer (mal mas sabe). Enquanto isso a taipa e o pau a pique sao infelizmente linguas mortas. Quem sabe fazer senao alguns poucos caboclos e outros poucos professores doutores?Fernando L Larahttps://www.blogger.com/profile/15134375126173977859noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2605364711283992579.post-9708252482624032592010-02-23T23:40:32.839-05:002010-02-23T23:40:32.839-05:00sim, era exatamente isto que eu queria dizer, e é ...sim, era exatamente isto que eu queria dizer, e é justamente por isto que considero complicado chamar isto de "vernacular": do lixo ao luxo, trata-se da mesma técnica, com a diferença que neste último ela procura ser camuflada.<br /><br />o bloco cerâmico furado + estrutura de concreto está longe de ser um conhecimento tectônico popular: é muito mais uma apropriação de um sistema pré-industrial (manufaturado) devido ao baixo custo e à condição de exploração da mão-de-obra (tanto aquela da autoconstrução quanto da construção formal) que permite os lucros exorbitantes que conhecemos.<br /><br />enfim: voltar à construção com terra, a priori, é realmente um romantismo, um fetichismo aparentemente inadequado. Mas pode render uma boa discussão (política, estética, tectônica).gabrielnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2605364711283992579.post-12515726213903082922010-02-23T18:09:10.145-05:002010-02-23T18:09:10.145-05:00Gabriel meu caro, eu normalmente concordo com voce...Gabriel meu caro, eu normalmente concordo com voce mas acho que nese ponto voce esta sendo preconceituoso. O Brasil tem um vernaculo sim no uso do concreto armado nas quinas de paredes de tijolo exposto. Eu acho extremamente romantico querer voltar a taipa e ao pau-a-pique quando a tecnica construtiva da favela é rigorosamente a mesma do Morumbi menos é claro os revestimentos e decorações.....<br /><br />essa conversa é boa, vamos láFernando L Larahttps://www.blogger.com/profile/15134375126173977859noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2605364711283992579.post-43754363256180862442010-02-23T14:02:25.120-05:002010-02-23T14:02:25.120-05:00tem um aspecto interessante aí: o uso vernacular d...tem um aspecto interessante aí: o uso vernacular do tijolo e da alvenaria em geral é na américa latina hispânica muito diferente do uso aqui no Brasil (não falo dos blocos cimentícios e cerâmicos de nossas periferias, mas do tijolo ao longo da história), no qual as periferias se apropriam do que está à disposição mais barato (eternit, tapume, bloco de cimento, etc). Ouso dizer que não temos, de fato, no Brasil uma cultura construtiva popular baseada no tijolo: o que existe é simples exploração, o povo se apropria daquilo que lhe é vendido, normalmente produtos manufatorados ou semi-industriais (balaústres, janelinhas de ferro, lajotas, treliças, etc). É interessante inclusive olhar para a produção dos arquitetos brasileiros que vêm de uma tradição construtiva da américa hispânica, como joan villá ou hector vigliecca e perceber como eles possuem um domínio criativo da técnica que ainda não atingimos <br /><br />O estudo disto daria uma longa dissertação de mestrado, mas algumas considerações podem ser feitas:<br /><br />- a cultura construtiva brasileira que mais próximo estaria de algo "vernacular" (se é que podemos usar o termo) seria o barro, a terra, etc (sobretudo a taipa, de pilão e de sopapo). Por razões que conhecemos, tal técnica foi varrida do mapa.<br />- o estágio de industrialização em que nos encontramos — no qual é mais lucrativo pagar baixos salários para colocar bloco em cima de bloco ao invés de procurar criar soluções populares interessantes, como o próprio baloon frame (cuja origem se perde na história mas que sofreu uma transição interessante para a industrialização). O raciocínio da arquitetura moderna de produzir uma articulação política com o empresariado urbano não faria sentido no Brasil nem hoje nem nos anos 50. Isto diz muito da história do país no último século.gabrielhttp://notasurbanas.blogsome.comnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2605364711283992579.post-38699113786007171642010-02-23T08:45:50.308-05:002010-02-23T08:45:50.308-05:00oi fernando.
criei coragem e postei! faz um tempo...oi fernando.<br /><br />criei coragem e postei! faz um tempo que frequento seu blog,desde que você nos visitou aqui em joinville sc.<br /><br />E vc tem razão, em muitas coisas os países da américa latina são diferentes, mas qdo de fala de arquitetura, a semelhança é notória, principalmente nas periferias, nunca viajei pra fora do país, mas isso já tinha observado nos filmes, é puro tijolo sem reboco e concreto mal feito, adorei!<br /><br />valeu.lidiane marconnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2605364711283992579.post-69132940350097710712010-02-22T22:12:13.959-05:002010-02-22T22:12:13.959-05:00RR,
bem vindo ao Parede. Adorei o zero absoluto. ...RR,<br /><br />bem vindo ao Parede. Adorei o zero absoluto. Hoje passei o dia com um pernanbucano fantastico: Fred Holanda da UnB e em agosto proximo estarei na UFPE, já está combinado.<br /><br />mas voltanto ao assunto, é isso mesmo que você viu nas BRs, a periferia brasileira é puro tijolo sem reboco e concreto mal feito.... e isso se derrama por toda a america latina, do pampa a yucatan.Fernando L Larahttps://www.blogger.com/profile/15134375126173977859noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2605364711283992579.post-6392343295170484692010-02-22T12:07:32.793-05:002010-02-22T12:07:32.793-05:00Concordo.
No ano passado saí de ônibus do Recife ...Concordo.<br /><br />No ano passado saí de ônibus do Recife para Belo Horizonte, para o ENEA 2009.<br /><br />O caminho é cheio daquelas cidades cortadas por BRs, todas regiões desprevilegiadas dessas.<br /><br />Fiquei surpreso ao ver como se pareciam com as regiões em situação semelhante em Pernambuco, único estado onde havia feito viagens rodoviárias até então, antes de "crescer", hehe.<br /><br />Entramos em BH pela periferia, e não fosse a topografia, forçando a imaginação poderia pensar que estava numa zona pobre de Recife.<br /><br />Quando voltei pra PE, conheci Cavaleiro (um bairro em Jaboatão que fica numa região de relevo acidentado) e me lembrei do que havia pensado em BH e pensei que a maior parte do Brasil devia ter aquela cara.<br /><br />Feliz observação a sua, não sei a cara dos outros lugares que os turistas não costumam fotografar pela américa latina, mas o que escreveu reforça o que imaginava.<br /><br />AbraçoR.R.Diashttps://www.blogger.com/profile/02239078668760762617noreply@blogger.com